NFS Shift versus Race Driver: GRID
d.C. 2009/4
Carlos Irineu da Costa

Meu “resumo executivo” é: comprem os dois! E depois: Shift é mais fácil para começar e, para quem não tem um volante, deve ser mais divertido. Grid prossegue como Ser Supremo em termos de realismo e do visual, mas aí …. leiam o resto.

 

Em 25 de setembro de 2009 aportou na BBB (Big Black Box, meu “mainframe”) a versão demo do novo Need For Speed: Shift, última criação de uma franquia que, de 1994 para cá, mudou muitas coisas nos jogos de corrida. (Comprei o jogo nos EUA mas o amigo que vai trazer ainda não chegou.)

A EA (que era, anos atrás, conhecida como “Electronic Arts”, agora é EA Black Box) tem seus críticos e seus fãs. Eu tenho “questões” com o que eles andaram fazendo depois do NFS: Porsche Unleashed (2000), pulei o Hot Porsuit 2, o Underground, o U2, o Most Wanted, o Carbon e voltei a correr com o ProStreet … SETE anos depois! E, quando voltei a correr, descobri que, nestes anos em que estive ocupado com outras coisas, a Codemasters, que tinha lançado o TOCA Race Driver, em 2006, depois o DIRT, em 2007, e o fantástico GRID, em junho de 2008.

O realismo e os impressionantes gráficos de GRID me fizeram reconfigurar (ok, pela centésima vez em 22 anos de “mexer em PC”) a máquina para receber uma 9600GT e, quando vi que 2009 iria terminar com o DIRT2, o FUEL e o novo NFS … comprei uma GTX260, como todos já sabem ou podem saber porque tem um ou dois artigos no site a respeito dela.

FFWD para o novo SHIFT. E a comparação inevitável com seu concorrente direto, o GRID. (Tenham em mente que eu corri muito mais no GRID e que só joguei o SHIFT umas 6 ~ 18 vezes, em dois dias – vou atualizar o post, suponho, conforme as coisas evoluírem.)

SHIFT abandona o conceito de “correr na rua” ou perseguir algo ou ser perseguido pela polícia, coisas que enchiam meu saco porque eu queria correr, não brincar de “playboy com carro com ‘tuning’ batendo pega por aí”. Estamos de volta às boas simulações de corridas e, como está na moda agora, provas de drifting.

Os gráficos de SHIFT são impressionantes, mas acho que todos os gráficos são impressionantes, atualmente. A A visão de dentro do carro, seja “sobre o capô” ou “dentro do cockpit” (que deve funcionar melhor para quem tem um LCD de 32” ou maior ligado à máquina de jogos) dá muita emoção às corridas – e dificulta as coisas de forma sensata -, até porque eles incorporaram algo chamado “driver experience”: o carro de fato trepida por dentro, como os reais, o espelho retrovisor vira um borrão em alta velocidade, batidas leves te deixam num modo “borrado” durante alguns instantes (azar o seu se tiver um joelho de 90 graus à frente - “use the Force, Luke”) e esta é uma das grandes diferenças em relação ao GRID.

Para quem não leva MUITO a sério a coisa toda de correr no PC, o SHIFT é mais fácil de dirigir porque tem o modo “tranqüilão”. O modo tranqüilão faz a AI que controla os outros carros andar bem devagar e não ser agressiva com você e também ajuda você a fazer quase tudo: frear, estabilizar o carro, manter o controle de tração. Ainda tem aquela linha, que já existia no ProStreet, mostrando o melhor trajeto – o que NÃO quer dizer que seja humanamente possível, no início, SEGUIR a tal linha!

A versão demo é grátis, tem 1.1 Gb e está disponível na rede. Não custa baixar para sentir pessoalmente como é o jogo.

Quanto ao GRID, eu continuo achando os gráficos dos carros, das pistas e o conceito deles de “Instant Replay” superiores aos do SHIFT. Ao mesmo tempo, GRID é chato de dirigir, você não pode brincar por lá, os carros são “nervosos” – saem da pista, batem, você se ferra se for parar no cascalho e a AI do GRID não se importa a mínima de bater no seu carro por trás, no meio de sua curva perfeita, jogando você de cara contra o concreto a 250 Km/h.

Meu “resumo executivo” é que GRID está realmente barato, agora que não é mais lançamento, e SHIFT pode esperar um pouco para ver se teremos versões do Forza Motorsport 3 ou do Gran Turismo 5 (ha, ha, como se a Sony fosse liberar um dos princpais motivos para comprar um PS3…) … no PC, até o final do ano.

Retomo esta resenha com mais detalhes em breve. Também devo escrever sobre a demo do FUEL, o jogo bizarro que era para ser um Mad Max incrível … e aí alguém se perdeu nas especificações do projeto.

In Here, Out There,
CDC

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