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Terça-feira
dez212010

As Crônicas Australianas 6 – O trânsito pirado pirante da Austrália

Quando cheguei à Austrália, uma das primeiras coisas que me disseram foi: “toma muito cuidado ao atravessar a rua”, porque aqui é mão inglesa e, se você morar num local careta, como os EUA, você de fato vai ter problemas até se acostumar a inverter o reflexo antes de atravessar as ruas.

Mas eu venho do Rio. Sabe para que lado olho? TODOS. O que é ótimo, porque o trânsito aqui deve ser uma das coisas mais esquisitas do planeta (elaborei uma teoria sobre estarem todos bêbados em um pub quando fizeram o código de trânsito local, mas é só uma teoria) e as pessoas podem fazer tudo. Por exemplo: você está no cruzamento da Rio Branco com Presidente Vargas (ou duas avenidas muito grandes, genéricas, para quem não mora no Rio) e resolve que “vai entrar à esquerda”. Balão? Retorno? NÃO!, você pára o carro no meio da rua, espera não vir ninguém na contra-mão e você se joga para o outro lado.

Então cada sinal aqui tem uma espécie de “matriz de modulações”, com 12 combinatórias, sei lá, e alguma hora, quando ouvimos o que apelidei de “som da galinha feliz” - todo sinal, TODO mesmo, tem dois sons, para auxiliar os deficientes visuais, o que acho fantástico; mas que é um som de galinha feliz, bom, é sim… – você atravessa.

Você está de carro e quer parar num restaurante, mas só tem vaga do outro lado da rua. Simples: você vira no meio da rua, faz quem estava vindo na outra mão esperar enquanto você termina de fazer o “U turn” (curiosamente permitido nos EUA, mas várias vezes não) e coloca o carro na vaga.

Ah: os ônibus se comportam mais ou menos como no Rio, exceto que só abrem e fecham portas no ponto, e os taxistas andam bem mais devagar, sempre com GPS – porque, ao contrário de Londres, eles não sabem nem quais são as ruas de 5 quarteirões à frente do lugar onde fazem ponto – só que alucinados. Hoje um ficou parado na rua fechando o caminho de um ônibus daqueles articulados, enorme, e eu não entendo como não sai briga. (Alguém xingou alguém, contudo, só não sei dizer quem estava “certo” porque os dois estavam fazendo besteira…)

É insanamente impossível entender as regras, é esquisitíssimo ver os caras dirigirem e eu nunca vi gente tão atolada para colocar carro em vaga. Tudo bem que americano acha o tal “parkeamento paralelo” super-difícil, e nós aí no Brasil colocamos uma jamanta em qualquer vaga onde caiba um Fusca sem problema algum. Aqui, tendo andado em carros de amigos apenas três vezes, já me pediram para descer e ajudar a entrar em vagas duas vezes. Pergunta se eu, com meu poderoso inglês de tradutor veterano, sei como se diz “vai, desfaz o jogo, agora vira tudo e vem reto”.

Agora eu preciso partir para um tema bacana que tem a ver com esse: carros esportivos fantásticos com motores enormes, preços normais e mulheres incríveis dentro deles.

Próximo post! 

 

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    Superb Website, Keep up the great work. With thanks!

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