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Quarta-feira
set082010

A Alta Improbabilidade de 3 anões super-heróis, 1 bandinha e 1 farmácia

Continuando a nobre tradição da comunidade da Improbabilidade Infinita no Orkut, este post é cortesia da minha infinita fonte de assuntos bizarros, a Realidade.

Era segunda e eu estava em reunião noturna na casa de uma amiga não geotagged, no Rio de Janeiro. Lá pelas tantas, começou um barulho chato na rua, vagamente similar a música. Ela reclamou algumas vezes, depois me disse “… mas isso não é nada em comparação com a bandinha que estava tocando na frente da farmácia com os três anões vestidos de super-heróis”.

Foi quando eu perdi a concentração no que estava na minha tela e tive que perguntar: “não é sério, é?”.

“É sério, eu tenho uma foto”, “eu preciso ver”, “peraí que vou procurar nos e-mails”, “wow!, é sério!” etc.

Achei que devia compartilhar a foto com leitores, amigos e passantes casuais vindo da Googlesfera, então aqui está. A parte superior, com o nome da drogaria que fez essa maluquice, foi eximiamente photoshopada pelo Depto. de Arte da Seita do Nono Bit para proteger os infames que, suponho, contrataram a bandinha e fizeram três anões pagar um megamico. E, sim, à direita, embaixo, é uma anã vestida de mulher maravilha.

Parece que, para piorar o belo som produzido por um surdo, uma caixa + prato, um trompete e um trombone – formação clássica dos postos de gasolina e revendas de automóveis – deram a um dos heróis um apito. Apitos são cuidadosamente calibrados para baterem lá em 2 ~ 4KHz, numa região em que o ouvido é especialmente sensível e a coisa realmente dói, então perdi a conta do número de vezes que já tive vontade de arrancar o apito do apitador e fazer algo bem ruim com o tal apito. Em geral, contudo, o apitador é um guarda e eu me limito a enfiar o dedo nos ouvidos, xingando O Criador por não ter nos equipado com um compressor sério de áudio nos ouvidos.

PS – Essa foto foi recentemente mostrada numa Discussão Altamente Improvável e alguém perguntou: “mas tem uma coisa que não entendo: a farmácia queria que as pessoas entrassem lá com esse barulho todo ou estava tentando afastar as pessoas por algum motivo estranho?”. Eu não teria entrado, mas um físico presente disse que, olhando para a disposição das pessoas na rua, acreditava que a onda ‘sônica’ da bandinha frente à bizarrice dos super-heróis geraria um wave guide quântico, defletindo as partículas de pessoas e fazendo-as entrar na farmácia. De fato, notem a trajetória da moça que parece ter sido puxada pela flutuação no campo de táquions e estar sendo puxada para dentro da farmácia.

O evento será analisado a fundo numa apresentação da equipe do prestigioso Prof. Her Dr. Van Helmanns no próximo Congresso de Metafísica da Universidade de Tszchwotzcklmn. Até lá, nada mais devo acrescentar ao assunto.

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Reader Comments (2)

Minha teoria (e, por favor, gostaria de enviá-la ao Prof. Herr Doktor Doktor Van Helmanns) é que, provavelmente, ninguém podia ver ou ouvir a banda por ela ser estranha o suficiente para gerar um campo espontâneo de Problema de Outra Pessoa[1]. Mas, mesmo imperceptíveis, as ondas existiam e criavam a deformação do espaço-tempo necessária para gerar o wave guide, alterando assim a trajetória dos transeúntes.

[1]No casa a Outra Pessoa é sua amiga não-geotagged, que conseguiu tirar a foto.

d.C. 2010/2 | Unregistered CommenterFroyd

Rapaz, Froyd, como é bom ler comentários de pessoas que conhecem à fundo não só a teoria de campos POP mas também o trabalho do Herr Doktor Doktor Van Hellmutz, que eu citei errado, como sempre (esqueci o Dr. Dr. duplicado). Enviei o comentário para o Dr. V-Hellmansmann, que respondeu:
"Prezado Froyd,
Obrigado por sua apreciação crítica de um trabalho recente e ainda não apresentado, mas vagamente comentado por meus colegas da Seita aí no Rio - onde pretendo ir em breve, aliás, apresentar a Teoria de Otimização de Percursos Automatizados e Redução de Colisões em Robótica, totalmente desenvolvida numa churrascaria.
Apesar de não poder fazer comentários sobre os campos POP, já que espero ganhar o IgNobel deste ano com esta teoria (aliás, completamente plagiada de um livro do Douglas Adams, mas faz parte da Ciência, não é mesmo?), creio que você captou bem a coisa. Infelizmente a equipe do Rio não possui o Medidor de Ondas Berger-Pauli necessário para comprovar que a fotógrafa de fato era o centro deste vertex espaço-temporal mas, como ela conseguiu se agachar de lado na janela dando cambalhota e jogar a máquina para cima ao mesmo tempo, temos o precioso registro de um Campo POP no Rio.
Abraços aqui do frio de Tszchwotzcklmn,
Her Dr. Dr. Van Henlsingmann"

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