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Sexta-feira
dez172010

Conexão Austrália 3 – WOK!

Ou “WAK!”, se preferirem, que é o som produzido na minha cabeça quando penso no número insano de coisas sobre as quais quero escrever, exceto que não tenho tempo (quando chegar no Brasil, o pirlimpimpim pára de fazer efeito e eu me esqueço de tudo, já sei como essas coisas ‘de escritor’ funcionam).

Então vamos lá, 250 por hora, ainda prometendo voltar e desenvolver tudo.

Sydney é tudo o que o Rio deveria ser mas não deixamos, ou deixamos que deixasse de ser. Não acho que Sydney seja mais bonito que o Rio, acho apenas que Sydney é infinitamente mais amigável, limpo, seguro e, para usar um termo técnico, muito bodoso.

Se eu fosse listar as 10 cidades mais legais para se morar, viver, trabalhar, comer e pirar à noite (não que eu possa pirar à noite no momento, mas é só olhar, com certa inveja, pela janela do ônibus voltando de um concerto na Opera de Sydney que, digam o que disserem, é só “muito boa”, mas não fiquei ‘extasiado’ com a acústica e o interior, no estilo de “concreto brutalista”, tem toques lindos de madeira mas o resto, já disse, é brutal; mas, sim, WOW!, uma sala de concertos com ampla área de vidro dando para uma magnífica baía? por que não fizemos isso no Rio, em vez de afundar aquele porta-aviões medonho que é a tal “cidade da música”, que eu queria muito que implodissem, em vez do Fundão) …. Se eu fosse listar as 10 mais, Sydney estaria dentro.

Você pode andar de ônibus. Tem mais gente nas ruas à noite do que de dia – não, é sério, digo, de dia tem gente esparsamente dispersa pelas ruas, à noite é como se o Baixo Leblon, antes de acabarmos com ele, fosse até o Baixo Gávea, antes de acabarmos com ele, e tivesse gente nas ruas durante todo o trajeto e, em Ipanema – a Bondi Beach local – estariam todos na rua, bebendo, saindo, andando em gangues de moto Kawasaky, Yamaha e Suzuky (quando eu tiver minha própria gangue de motos, tipo, depois que eu souber pilotar uma, vai ser uma gangue de Ducati – e, aliás, os poucos stunts com Ducati no início do novo Tron, que assisti 5 da manhã de quarta para quinta aí no “passado” – aqui é sempre futuro, um barato saber como vai ser o dia seguinte! – são o melhor do filme todo – o filme deveria se chamar “Socorro! O Roteirista sumiu e o diretor foi junto!”).

Pensem num lugar onde o Leonardo DiCaprio passaria meio despercebido por ser baixo demais, comum demais, tolo demais. Pense num lugar onde há clones de Russel Crowe soltos em todas as ruas – não há gente gorda aqui, nem barriguda, mas não me perguntem quantas horas por dia eles todos malham para tirar do sistema a cerveja que tomam aos montes, como os ingleses – … e todas as mulheres da Califórnia com todas as mulheres da Tailândia com os melhores cruzamentos transgênicos entre oriente, ocidente, inglaterra, montes de brasileiros (isso é a cara do Rio como o Rio deveria ter sido em um universo alternativo, já disse) e você fica absolutamente deslumbrado nas ruas, com MUITA gente bacana, seja qual for sua preferência sexual.

Até os sapos verdes, para quem curte sexo com sapos verdes (se você não experimentou, não sabe o que está perdendo!, mas não me pergunte porque eu também não sei !!), são incrivelmente verdes, parecem de brinquedo, tipo plástico japafosforescente, mas eu vejo que estão respirando, nos museus-aquários de bichos vivos.

Ah, passavam tubarões e arraias enormes sobre minha cabeça no Aquarium, e QUE DIABOS O RIO TEM QUE NÃO TEM UM AQUARIUM!!!, o nosso ia ter mais peixes, seria mais bacana, teríamos muitas espécies coloridas, por que não perdemos o que Ariadne um dia definiu como “complexo de precariedade terceiromundista” (Ariadne, darling, te devo um ensaio sério sobre isso, mas aquelas noites todas de conversa não foram em vão) …. e daí simplesmente FAZEMOS?

Olha só: o post vai acabar. É, assim, no meio do nada, no meio da noite, no meio das imagens de pubs cheios e gangues de motos Kawasaky e eu saindo de Tron 2 decepcionado até a quinta geração e os adultos tirando fotos zoadas com papai-noel no shopping e Carolus Linnaeus, saindo do HMS Bagel e vindo aqui continuar sua notória obra “Da Origem das Peruas”, tendo encontrado os primeiros exemplos de adaptação de espécies (as belas moças superproduzidas mas esquisitamente vestidas e over the top “a nivel de” ultraperuas que entraram no 333 – sério, é o ônibus que me traz do Centro para Bondi Junction! – eram brasileiras, mas já mutagenicamente transformadas em ultraperuas semivagabas (qual o termo técnico para quem é só “cheap”, mas nao chega a ser “bitch”, mas está quase lá, mas não é “rich bitch”?) …. eram brasileiras.

Melhor parar aqui, Overload sensório e falei menos do que registrei em um único dia nos Topoi internos.

Eu volto.

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