O 'Book', novo e revolucionário dispositivo [dois vídeos do YouTube]

Este não é um artigo sério sobre o que eu penso a respeito do Kindle for iPad ser melhor no iPad do que no Kindle DX, mas você pode ler o que escrevi a respeito em “Kindle vs. iPad vs. Android”.

Esta é uma brincadeira curta com dois links para vídeos que brincam com livros e, por comparação, com os livros eletrônicos.

O primeiro é o mais famoso: o vídeo (de um programa de humor norueguês) do monge que chama o “suporte ao usuário” para ajudá-lo com a complicada interface de um novo dispositivo, o “livro”. O som original está em norueguês, mas com legendas em inglês. Ouça com som, porque, mesmo sem entender, o humor passa pela inflexão dos atores.

http://www.youtube.com/watch?v=pQHX-SjgQvQ 

Assisto esse vídeo e penso que deve ter sido de fato estranho quando começaram a aparecer os livros. Hoje, achamos trivial navegar entre índice, sumário, remissões, notas de rodapé, marcadores de página… a tal ponto que não nos damos conta de quão complexa e flexível se tornou a interface daquilo que chamamos, sem sequer pensar a respeito, de “livro”. [1]

Há uma versão diferente e recente, parodiando os comerciais ‘descolados’ da Apple, em que apresentam um novo dispositivo, o “Book” e, na melhor pseudolinguagem de marketing, nos apresentam as inúmeras vantagens do mesmo:

http://www.youtube.com/watch?v=_an5z2lxXH4

E, mesmo com a NT abaixo, esse fica sendo um texto incrivelmente curto de minha parte!  ~:0)

[1] Como o livro nunca foi “inventado”, sendo antes o resultado de uma mudança gradual numa série de tecnologias, técnicas e formas de organizar a informação, creio que o choque cultural deve ter sido menor do que as mudanças atuais. Há míseros 15 anos atrás, o iPad e todos os dispositivos rodando Android eram impensáveis, assim como era impensável estar no meio da rua de uma cidade qualquer, abrir um aparelho de bolso e acessar, sem fio e miraculosamente, a web.

Comments

[gil]

ah, pois eu acho que o livro nao morre, nao...

pelo menos como fetiche, vai continuar tendo seus fas incondicionais!

tem coisa mais deliciosa que ter em maos uma primeira edicao, bem cuidada e rara, do teu livro preferido?

e, nao sei se vc viu, porque parece que postaram recentemente o crédito junto ao video, mas o texto original, que no video tá em espanhol, é do Millor, e já tem alguns anos:

http://veja.abril.com.br/061206/millor.html

(aliás, eu andava procurando esse texto mesmo... e nao sabia de quem era. valeu a pista!)

[Carlos Irineu da Costa]

Millor: 2006, e de fato é do Millor (tanto lixo na rede atribuído falsa ou incorretamente a ele). Muito impressionante. Vou retomar o assunto em breve.

Sobre "livros", atualmente - devem ter se passado três semanas desde o artigo original, "atualmente" é quase engraçado de dizer! - eu fico decepcionado quando não acho algo em formato eletrônico. Não quero mais papel, não quero mais bolor, quero reduzir as estantes, ter Pesquisa no texto inteiro, poder levar quase tudo no Kindle e/ou no iPad.

As muitas "mortes" que estou anunciando são em grande parte um efeito de choque, para enfatizar a idéia de que o ecossistema de livros, royalties, distribuição, quase tudo JÁ mudou, e é importante que as pessoas percebam isso, até para poderem entender para onde estamos indo - cada vez mais rápido - e decidirem se querem, por exemplo, manter o fetiche das primeiras edições.

Tenho meus próprios fetiches literários, é só que, cada vez mais, "papel sujo" me soa como uma alternativa ruim aos formatos eletrônicos e, por sua vez, os formatos eletrônicos me parecem mais livres, como construção e estruturação de texto, do que os limites da sequencialidade dos livros.

Retomo.

CDC