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Das internas
Sábado
mar202010

Paradoxos: Hardware MS, Software Apple

esse é para ser rápido e direto no estômago.

a Logitech têm os melhores “mice” (mouses) do mercado. o “hyper-fast scrolling” deles - uma wheel com inércia que - bela engenharia - pode ou não rodar livre. é a diferença entre piorar a tendinite ou trabalhar mais rápido.

não é só isso: gamepad? Logitech. volante? Logitech. mouse para canhoto? Logitech. teclado? Logitech Illuminated Keyboard (disse o homem que no momento tem 6 teclados).

a fauna computacional aqui está cheia de Logitech.

junto, em paralelo, em outros sentidos, a Microsoft fabrica o melhor dessas mesmas coisas. pena terem abandonado idéias geniais de produtividade - que eles nunca entenderam, e vendiam como “controle para jogos” - como o Microsoft Strategic Commander, ótimo para macros em qualquer programa.

mas todo mundo lembra da Microsoft pelo software dela, não é? e criticam um monte de coisas sendo que, recentemente, resolvi adotar a postura de uma amiga minha que disse o seguinte: o que está faltando é gente que assuma que gosta dos produtos da Microsoft.

assino aqui: gosto do Windows 7, tudo funciona, a interface é elegante e muito rápida, minha máquina está bem melhor que antes.

e daí tem a Apple. que talvez não devesse mais ser contraposta à Microsoft: por que não contrapomos à Apple à Google, com o Google Android, o Google OS, o Google Pad, o Google Tudo? por que não?

e sei que a Apple ganhou vários prêmios de design e que inventa novos processos industriais.

sabem o que eu acho do hardware da Apple? uma merda. ruim, caro e várias vezes não funciona. como o iPhone, que faz tudo muito bem, MENOS funcionar como telefone. e, sim, a bateria não dura nada.

Apple TV? caro, esquenta e é um produto burro. Time Machine? forma de ganhar dinheiro vendendo mais hardware “branquinho” - dá para fazer o mesmo usando software - pode até ser o deles - e um HD qualquer. iPhone? vou levar páginas para falar sobre prós e contras. vamos só combinar uma coisa: NÃO é um telefone. e quem quiser contestar isso deixe aqui um comentário dizendo como se faz para atender muito rapidamente um iPhone que toca no bolso enquanto caminhamos apressados pela rua segurando um pacote nas mãos. boa sorte - a Nokia, a Motorola e a Siemens - bom, todo mundo - já resolveram isso há uma década.

o teclado da Apple? lixo. mouse? fala sério - aquilo ali é um convite expresso para uma cirurgia de tendões. Apple Mini? maxi preço, mini recursos.

eu ando dizendo que a Apple inventou o conceito de “ergonomia que serve para ser bela e que se danem os usuários”. no meu dicionário, isso não se chama ernogomia, se chama design para um mundo Disney World onde os personagens podem ser desenhados de acordo com os dispositivos.

porque, no fundo, é isso que incomoda a gloriosa vaidade do Jobs, não é? ter que lidar com gente real. que tem problemas reais e quer realmente usar alguma coisa. ele quer saber a opinião das pessoas? não acho - ele declarou, mais de uma vez, que o “grupo de testes da Apple sou eu”. glorioso seja teu ego, prezado Jobs - eu me mantenho tão longe dele quanto consigo.

mas, no meio de toda a porcaria ultra-cara que colocam no mercado, eles têm um excelente software. um OS insuportável para quem está acostumado com as liberdades de Windows, mas é preciso dizer que, para quem sabe usar, é elegante.

não vou deixar de repetir que o iTunes no PC é quase um vírus, de tanta destruição que causa e pelo besteirol sem tamanho que é. mas acho que isso é um pouco covarde da minha parte porque, pelo tamanho da minha biblioteca de áudio, preciso não só da eficácia do Winamp mas preciso de outras coisas que me ajudam a manter a vastidão de áudio em ordem.

é só isso. um paradoxo, sobre Microsoft fabricando bom hardware que não anunciam e Apple fazendo ótimos sistemas e programas que só vendem se você topar comprar o hardware trash que eles vendem.

pensem. ou não pensem. mas insisto que experimentem os “mice” MX da Logitech - é completamente diferente (para melhor) de todo o resto.

podem disparar.  ~;0)

Quarta-feira
mar172010

‘Guerra ao Terror’ – pior filme dos últimos tempos a ganhar um Oscar?

Fui ver “The Hurt Locker”. Afinal, podia ser como “Apocalypse Now”, do Coppola; ou como “Cartas de Iwo Jima” ou “Flags of Our Fathers”, do Clint Eastwood. Mas “The Hurt Locker” não é nada disso. Nem de longe. A meu ver, é apenas um filme muito ruim. Restam duas perguntas: por que o Oscar e por que tantas críticas boas?

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Sábado
mar132010

da série “coisas que (ainda) me surpreendem”: Vaticano tem “Exorcista-chefe”

(versão revisada em 14 de março; agora com menos erros de português [é, eu sou copidesque e tradutor e escritor!, mas 4h da manhã tem vários efeitos colaterais!!] e ligeiramente mais engraçado.)

bom. assim. como é que eu vou dizer isto, ou como vou tratar do assunto?

talvez comece dizendo que achava que a Santa Inquisição já tinha acabado e que, com ela, essa história toda de “exorcismo” tivesse virado lenda ou, ao menos, uma prática não oficial seguida por aqueles que têm, digamos, um “excesso de zelo pela fé”.

ou posso começar com algo completamente diferente, pois me lembro de uma amiga que tem um filho particularmente endiabrado. ela, muitas vezes à beira de ataques de nervos por conta do filho, me disse, a sério, que o marido (e pai do filho) também era agitado quando pequeno. dizem que chegou a ser levado para que um padre o exorcisasse (a mãe dele, agora avó, tambem estava a beira de _____).

pelo que lembro dessa história, o padre exorcista já estava velho e meio doente, então levaram o meu amigo, na época um garotinho e supostamente possuído, até o padre relativamente enfermo. parece que o padre tentou de fato exorcisar o meu amigo, mas parece que não deu muito certo: o amigo em questão acabou mordendo o braço do padre, que desistiu do exorcismo e mandou todo mundo embora, com ou sem diabo no corpo.

o mais peculiar é que isso é verdade. há mais verdade nisso, até, do que em muitas coisas que Dan Brown diz serem verdade. (devo ter colocado Mr. Brown aqui porque sempre lembro da minha teoria de que ele recebe uma grana por fora lá do Vaticano, por seu bom trabalho de imprensa: quanto dinheiro teriam que gastar para terem a propaganda gerada pelos livros de Brown?)

voltando.

o Exorcista-chefe do Vaticano está em sites variados da web, por esses dias (e, se a web continuar como está, também nos próximos 10 anos, já que ninguém limpa nem apaga nada), por conta de um livro que publicou: “Memórias de um Exorcista”. não sei se já traduziram, mas o autor diz que tudo ali é verdade, ainda que eu ache que essa “verdade” tem o mesmo sentido que tem nos livros de Mr. Brown.

o CEO em Exorcismo tem 85 anos e se chama Gabriele Amorth. (que isso soe, em português, como o nome de uma moça - Gabriele - que está a+morth = “à morte”, bom, os idiomas possuem muitas coincidências bizarras mas juro que continua sendo muito verdadeiro!)

O Sr.Amorth concluiu, ao longo de seus anos de trabalho (e pelo pouco que pude ler on-line, acreditando, como sempre, que seja verdade), tudo o que a Sagrada Inquisição já tinha concluído vários séculos atrás.

a respeito da Sagrada Inquisição, das práticas das bruxas e das traquinagens de Satanás, recomendo comprarem o muy instrutivo tratado Malleus Maleficarum, publicado no Brasil com o título de “O Martelo das Feiticeiras”. o MM’s foi publicado na Alemanha, em 1487, elaborado, se a web bem me lembra, por Heinrich Kramer, Inquisidor.

juro que gostaria de retomar meu tópico inicial, mas não posso deixar de comentar quão bizarro é encontrar, na web (não podendo me dar ao luxo de acessar a Biblioteca do Vaticano com a mesma facilidade de Mr. Brown), a informação de que o MM’s — que muitos supõem ser o Guia Definitivo para a Misoginia e Caça às Bruxas — foi imediatamente colocado no Index Librorum Prohibitorum, latim para “lista de livros proibidos” pela Igreja.

mais peculiarmente ainda, parece (eu teria que navegar um pouco e confirmar isso) que Heinrich Kramer, um dos dois autores, acabou sendo condenado pela Inquisição. aparentemente sua demonologia era “contra” a demonologia oficial da Inquisição.

mas isto são suposições da web e Mr. Brown faria bem de checar os fatos antes de concluir alguma coisa e mandar imprimir esta versão da trama.

entrementes, eu ia dizendo que achava que o exorcismo era algum tipo de arte arcaica, quando descubro, hoje [12 de março de 2010], que existe o tal CEO de Exorcismo lá no Vaticano.

é mais impressionante ainda saber que ele lançou o livro com os relatos verídicos dos mais de 70 mil exorcismos que ele realizou (conta rápida: praticando um exorcismo por dia, sem férias porque o Diabo, todos sabem, não tira férias, o Reverendo Amorth levaria 191 anos para desendiabrar esse pessoal todo; então, ou ele praticou uns 3 ou 4 exorcismos por dia ou segue a turnê de alguma banda de Black Metal e vai realizando exorcismos após cada show).

ainda mais impressionante, contudo - e já estamos no nível 12 da escala de 1 a 10 de quão impressionante algo pode ser - é saber que ele declara formalmente que “o Diabo reside no Vaticano” e que há Bispos ligados a ele.

como diabos…. desculpem… como é que, sem nem mesmo contar com a ajuda de Longdong, ele sabe se um Bisco está ou não “ligado” ao Diabo? tal relacionamento de negócios vem impresso no cartão de visitas do Bispo? “Fulano de Tal, Bispo - Atendendo também como Adjunto Especial do Demônio”?

eu ainda acho que o problema (qual? bom, todos, bolas!) são os usuários de twitter, as pessoas “xem noxaum” e os usuários xem noxaum de twitter que não sabem algumas coisas básicas de História.

no princípio era o Verbo. Deus criou muitas coisas, ficou feliz com a maior parte delas, se deixou envolver no famoso incidente com a árvore, a serpente e dois incautos sem acessoria jurídica MAS, em momento algum, Deus criou algo sequer vagamente similar ao Inferno.

pois é: o Inferno não está no Antigo Testamento – sequer existe, nas Escrituras, um termo correspondente. as referências falam de algo parecido com o Hades dos gregos, talvez sombrio, talvez desagradável mas não “infernal”. em suma, nada que Dante pudesse ter usado como matéria prima para escrever a Divina Comédia.

devo supor – mas prometo perguntar à minha principal Fonte de Informações sobre Assuntos de Igreja – que o Diabo em si também tenha sido uma criação medieval, assim como o Inferno que, segundo me lembro, foi criado em torno do século XIII por motivos sócio-políticos da Igreja (populações com medo são mais facilmente controladas, mas por favor não digam isso aos estadunidenses, que poderiam querer tirar proveito sócio-político-econômico de algo similar.)

devo dizer que não sou católico apostólico romano. acredito, contudo, na Fé dos homens, a que permitiu que muitos de nós sobrevivessem a tempos difíceis, atravessassem as noites escuras, superassem misérias e erguessem catedrais e pintassem e esculpissem.

daí a pensar que há Bispos afiliados ao Diabo e “infiltrados” na Igreja e sair pelo mundo exorcizando pessoas… não sei. me soa como intriga, conspiração e como se fosse a versão best-seller de aeroporto do Vaticano.

eu, contudo, não sou o Papa e a mim não cabe redigir Bulas…

Terça-feira
mar092010

Sobre o Trabalho do Crítico: a bela citação do Ratatouille

Um amigo de web de longa data acaba de mandar um twiiit dizendo que eu sou “do contra”. Ele leu, no artigo super-pró-Bing que escrevi hoje, mais as críticas ao Google do que o propósito do artigo em si, que era falar coisas boas sobre as fotos do Bing.com.

Tudo bem, concordo com o que Derrida disse sobre o ‘parricídio do texto’ [*]: quando colocamos um texto para fora, quando publicamos, ele se torna “ele” - não é “nós”, não é mais “o que eu, autor, quero” e, neste sentido, nós, autores, não ‘sabemos’ mais sobre um texto do que os leitores.

Fiquei pensando, mais uma vez, sobre a enorme facilidade que há em escrever na web – ou nos jornais – criticando absolutamente qualquer coisa. Criticar é encadear adjetivos e imagens de forma criativa e, como muitas vezes o resultado é engraçado – e como o sucesso de poucos desperta a inveja de muitos –, críticas são mais fáceis do que elogios.

Lembrei do monólogo belíssimo, no final de “Ratatouille” (vamos lá: um filme emocionante, lírico, filosófico, libertário; um belo roteiro, excelente animação, brilhante realização da Pixar, ótimas idéias … é tudo verdade, mas não é um “bom texto” se eu disser assim!, tem que ser muito mais do que isso para que eu possa dizer algo sério e realmente bom sobre Ratatouille, em grande parte porque o filme continuará sendo muito melhor do que minha escrita).

O monólogo é sobre a crítica. Anton Ego, “crítico de gastronomia”, com esse nome tão adequado, diz algo que poderia ter saído de qualquer ensaio de um literato, um filósofo, um pensador. Veio em formato mais acessível através deste filme concebido por vários pensadores e eu os admiro por isso:

Em muitos sentidos, o trabalho do crítico é fácil. Nos arriscamos muito pouco, mas ainda assim nos colocamos numa posição acima daqueles que oferecem [apresentam] seus trabalhos e seu próprio ser para nosso julgamento. Prosperamos e crescemos com base em críticas negativas, que são divertidas de escrever e de ler. Mas a realidade amarga que nós, críticos, precisamos enfrentar é que, numa perspectiva mais ampla, qualquer porcaria medíocre possui mais significado do que uma crítica que assim a designa. Há, contudo, momentos em que um crítico precisa arriscar algo, e este momento consiste na descoberta e na defesa daquilo que é inovador. [**]

Já li muito. Estudo muito e penso ainda mais que estudo. Poucas vezes li algo mais pungente, belo, profundo e ponderado sobre a função e os limites da crítica.

Embora eu não seja, hoje, capaz de fazer uma crítica positiva apresentando soluções para tudo o que me incomoda no monopólio informacional que a Google tem se tornado mas, ainda assim, ache importante chamar a atenção das pessoas para as sucessivas operações de “tomada de poder” desta empresa, vou tentar me lembrar que tenho, como tantos outros, um lado Anton Ego que precisa sempre redescobrir a si mesmo encontrando, pela vida, “ratatouilles” que nos lembrem quem somos, o que fazemos e por que escrevemos aquilo que tentamos escrever.

Por estas palavras e infinitas imagens que hoje fazem parte do imaginário de tantas pessoas, por ousar inovar numa indústria que estava engessada, agradecimentos sinceros à Pixar e à comunidade de criadores que a formam e a mantêm, viva e orgânica.

CDC

 

[*] Para quem gosta de referências, o trecho de Derrida está no início do ensaio “La Pharmacie de Platon”. Ou, ao menos, é onde lembro que esteja!  ~;0)

[**] Traduzi eu mesmo a citação do inglês. Só depois lembrei que o filme foi dublado, mas fiquei com preguiça de procurar a citação em português. Não é, contudo, uma crítica à mesma.



Terça-feira
mar092010

Bing.com: melhor site para "foto do dia"

É curto. Após algumas tentativas de usar o Bing como serviço de pesquisas (é o que ele deveria ser), acabo achando que, por maior que seja minha noção de que a Google já sabe demasiado, as pesquisas do Google são melhores.

Por sinal: “a Google” = a empresa Google - como “a Microsoft” e “a IBM”. “O Google” = o mecanismo de pesquisa / site Google, como “o Twitter” e “o Gmail”. Erraram feio no livro “do Google”, agora nós (tradutores) meio que temos que seguir com esse conceito estranho de “erro padronizado”.

Mas o assunto é Bing.com.

A cada dia, uma nova foto. Fantástica. Sempre. Para quando quiserem saber o que é, basta passar o mouse sobre o símbolo do copyright, aparece uma explicação e os créditos.

É genial. Se fosse isso com umas poucas notícias importantes do dia, não acho que eu sequer pensasse em outra Home. (Em tempo: não tenho saco para ler o MSN, mais da metade do conteúdo não me interessa e eu definitivamente não quero que a/o Google fique monitorando ainda mais a minha vida se eu logar nas pesquisas também para “gentilmente personalizar” minha Google Home - tô fora!)

Algumas coisas são pensadas de um jeito e funcionam, talvez, de outro. A Microsoft vai entender o que ela acertou - segundo eu, que não tenho estatísticas de uso nem pesquisas? Não sei. Provavelmente não, é pequeno demais para alguém tão grande conseguir enxergar.

Fica minha segunda recomendação, então, para que vocês parem com o vício de usar o Google como home - ele já está lá na pesquisa do Firefox, no canto. Deixa ele lá, é onde deve estar. .

As fotos que são exibidas no Bing diariamente merecem ser vistas. Nos dão a idéia de que uma interface pode ser simples, porém elegante - Google é só “branco e tosco”.

Bing nos dá também a idéia de quão infinitamente belo nosso planeta (e nós, dentro dele) é, ou pode ser, em alguns momentos.

That’s all, folks!