Imagens & Tópicos
Das internas
Terça-feira
jan122010

Traduções, fluências, confluências ...

Bom, a julgar pela quantidade enorme de visitantes que têm vindo ao Doppelgänger por conta da “questão” da crítica ao livro / à tradução do livro de “Steve Jobs”, resolvi retomar o assunto “tradução literária” como um todo e - a frase agora é bem conhecida de todos os tradutores - … assim que eu fechar o livro que está 1 fim de semana + 2 dias atrasado, decidi retomar alguns assuntos da comunidade de “Tradução Literária” que mantenho no Orkut.

Preciso retomar a revisão agora mas prometo voltar, implementar várias coisas importantes que estão fazendo falta no Doppel e ampliar o conteúdo específico de tradução.

Diria que terça e quarta estão embolados, quinta e sexta me parecem dias para trabalhar a sério em conteúdo.

Supondo que meus novos visitantes sejam tradutores, temos muitas coisas legais a conversar e vou fazer pontes com o grupo do Orkut e com coisas novas em que irei trabalhar até (espero) o final de fevereiro, seguindo conselhos e dicas do meu novo “guru teleinfocomputrônico”, Mr. Gary Vaynerchuk.

Tenho que ir. FUOP! (Já volto.)

Segunda-feira
jan112010

Bing - concorrência séria para o Google?

Seria patético mandar um mail ou escrever algo dizendo “oi, gente, parem de usar o Google e passem a usar o Bing da Microsoft porque é melhor”. Continuem usando o Google e enchendo a burra dos caras que faturam com os GoogleAds. O que posso dizer , contudo, é que, se você gosta de belas imagens, comece a usar também o Bing: www.bing.com.

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Domingo
jan102010

Carta Aberta à Playboy pós-Fernanda Young

Prezadas Pessoas que Publicam a Playboy:

Enlouqueceram de vez? Fernanda Young em dezembro, na capa? Quanto vendeu, mais de 10? (Na verdade, não importa, “vendas” não é a questão.) Alguém comprou a revista, talvez por uma curiosidade esquisita, pensando: “nossa, qual Versão Avançada do Programa de Melhoria Digital de Mulheres usaram para se sair dessa?”.

Não foi pelo corpo. E ninguém fotografa ‘grandes mentes’ – bom, não para a capa da Playboy, suponho. Parece que a seleção de playmates se deslocou da idéia de hedonismo desenfreado na cama com belas mulheres d’O Grande Playboy Planetário Hugh Hefner para se tornar, nesses bizarros anos 2K, uma “estética da celebridade midiática”. (M-McLuhan 2010, @CDC: The Midia is the Midia. What do you mean by ‘message’?)

2K: sem carros voadores, sem teletransporte e, em breve, sem pandas e sem água. Além de tudo isso, ainda tenho que “experienciar” a F-Young na capa da Playboy? Whack!!

Só posso entender essa “singularidade” por conta de alguma idéia louca do tipo é famosa, logo existe. A Lógica da Playboy dita que, se existe e é do sexo feminino, então é material para a capa. E, se é “celebridade” (fazer um programa como o Saia Justa torna a pessoa uma insanidade, só isso!), então deve posar para a Playboy: como qualquer playboyzinho sabe, celebridades existem para serem consumidas.

(Woody Allen colocou uma observação cruel em seu filme “Celebridades”. Ele escreveu algo como: “aprendemos muito sobre uma sociedade observando as celebridades que ela escolhe”. Não é a citação exata, mas é perto.)

Deixaram de fora uma dezena de não-celebridades profundamente atraentes. Mulheres que teriam deixado Hugh Hefner feliz, se as conhecesse. Em geral elas aparecem como Cyber Girls, algumas vezes têm direito a um ensaio, outras não. Algumas são muito turbo-siliconadas (não é mais “só” silicone, é lipoescultura, tortura consentida sob forma de ginástica ultrapontual, botox e ____), outras parecem ser realmente bonitas, apesar de eu achar que “pessoas” – mesmo Playmates - costumam ter uma barriga, e não esse “bíceps abdominal” que está na moda, além de pernas que fariam de Barbie um G.I.Joe.

Seria interessante escrever um ensaio pensando em como a “estética Barbie” - que minha esposa chamaria do estágio mais elevado da “lambisgóia loira” – se transformou nesse corpo musculoso que serve para __?__  Para que serve, mesmo?

É apenas mais um passo numa longa decadência da revista que, para mim, fala não só do fim de uma era mas de como é impossível viver de despir pessoas famosas numa sociedade onde “fama” dura o tempo de um reality show. E isso mal cobre o tempo de publicar algo.

A memória, hoje, dura muito pouco.

So long Playboy, farewell and thanks for all the pics.

[Isso continua mais tarde, estou longe de ter acabado.]

Sábado
jan092010

A história da vida privada? Acabou.

Este parece ser um escrito teórico ou acadêmico, mas não é. Só começa com:

Defendi minha tese na quinta. (Tenho outras duas – uma puramente pragmática; é tese? – pela frente ao longo dos próximos anos.) Eu falava sobre Augusto Abelaira e Bolor, um livro que é uma ficção de diário.

A banca perguntou algo relacionado às mudanças da primeira pessoa: quem diz “eu” ao longo dos séculos e como isso muda? Mudou muito.

Parte da minha resposta dizia que, hoje, “só tem” essa primeira pessoa, um “eu” glorificado e midiatizado que diz … não sei o que diz, ele diz qualquer coisa, contanto que possa dizer. O eu está superexposto (anunciado e vendido, até) e, como numa foto, essa superexposição torna a imagem meio sem contraste, meio apagada. A ironia que nossa época está gerando é que este “eu” pode ser qualquer coisa, contando que siga exatamente as prescrições do Ministério da Propaganda e compre aquilo que precisa comprar.

Abelaira, em 1970 e poucos, brincou com Descartes dizendo: “X funciona, logo Y existe”. Algo assim. Corrijo quando abrir o livro e procurar a citação – não gosto de citações, acho que os livros (e a internet) já estão aí para quem quiser os fatos.

Blogs (e a coisa nociva e xem noxaum dos Reality Shows) são produto dessa época. Twitter é SMS transportado para blogs e transformado em quase nada. O blog ainda dizia “eu li o último livro da Stephanie e achei ____”. Um tweet nem se chama mais post, é isso, “tuít”, perto de “tuí” e “tuim”, que a maioria de nós conhece como “periquito”.

Retomo: tweet é a lógica do periquito. Faz barulho – tuít, tuít. Significa? Não sei se significa algo. Nunca foi a idéia.

Penso que as pessoas são muito criativas sempre que saem da frente da tela do Big Brother (os que estão atrás, deixa pra lá). Pessoas criam bons usos para tecnologias xem noxaum. “Sigo” (seguidores, como num culto? pode ser, mas antes eram só os da Apple) pessoas no Twitter que dizem coisas interessantes, produzem canais de “RSS humano inteligente” e enviam tuíts dizendo que há um post interessante, que há um site bacana. A maioria, contudo, diz algo como “acordei com dor de cabeça”, “bebi demais e agora veio a ressaca”, o que for.

E o que é não me importa, neste caso, porque eu não quero saber o “status” atualizado duas ou três vezes por dia dos meus amigos, conhecidos, co-passageiros de navegação e dos animais de estimação desse povo todo.

Quero mais silêncio. Quero paz para poder pensar. Quero o monitor como tela em branco onde posso escrever algo que seja uma tentativa de criar. Quero tempo para ler os poucos blogs onde outros pensam (supondo que eu pense, mas não me cabe julgar isso).

Não posso fazer (nem quero que) o tuít se cale mas posso escrever e dizer que precisamos pensar o tempo todo como toda forma de tecnologia é também uma mudança em nossas formas de vida e comunicação.

Estamos nos tornando passivos demais. E definitivamente estaríamos melhor sem Fazendas, Big Brother e a Casa da Siliconadas.

PS – Falei sobre três tópicos completamente diferentes neste ensaio-post-texto. Desmembro os três mais à frente, o Big Brother na Casa de Fazenda das Loiras Siliconadas é bizarro o suficiente para merecer um texto à parte.

Peace, out.

Segunda-feira
jan042010

Traduções, tradutores, originais, editores … e críticos

Poucas horas antes de escrever este post, recebi de um amigo, por mail, um link para uma crítica bastante dura à uma de minhas traduções. Trata-se de “A cabeça de Steve Jobs”, de Leander Kahney, publicado pela Ediouro / Agir e traduzido pelo Carlos Irineu que agora escreve. Não é a primeira crítica que recebo a uma de minhas muitas traduções, mas esta, em particular, não me parece justa - não comigo, mas com o livro.

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